
Era só mais um lanche, desses que a gente compra sem pensar duas vezes na padaria da esquina. Mas o que deveria ser um simples bolinho de mandioca se transformou numa tragédia sem tamanho. O jovem — cujo nome a família pediu para não divulgar — mal podia imaginar que aquela tarde comum terminaria em desespero.
Dez dias. Foi quanto ele lutou entre a vida e a morte no hospital, enquanto os médicos tentavam de tudo para reverter o quadro de intoxicação severa. Os sintomas começaram poucas horas depois da ingestão: náuseas violentas, tonturas que faziam o mundo girar, uma fraqueza que tomou conta do corpo todo.
Alerta vermelho na comunidade
O caso deixou a vizinhança em polvorosa. "A gente nunca imagina que algo assim pode acontecer", comentou Dona Marta, dona de um boteco próximo. "Ele era um moço saudável, cheio de vida."
Autoridades já estão investigando a origem do alimento contaminado — e aí é que mora o perigo. Segundo fontes próximas ao caso, o produto não veio de estabelecimento comercial, mas de uma produção caseira. "Quando a fiscalização some, a zorra toma conta", disparou um agente de saúde que preferiu não se identificar.
O que sabemos até agora:
- Vítima tinha 22 anos e morava na Zona Leste de São Paulo
- Intoxicação foi causada por substância ainda não identificada
- Família aguarda laudo toxicológico para entender o que aconteceu
Enquanto isso, no grupo de WhatsApp da rua, as mensagens não param: "É bom ficar esperto com o que come por aí", "Minha prima passou mal semana passada também". O medo virou vizinho indesejado na comunidade.
O enterro aconteceu ontem, discreto, só para os mais próximos. A mãe do rapaz — que não conseguiu dar entrevista — segundo vizinhos, "parecia ter envelhecido 20 anos em uma semana". Difícil não se emocionar.
E a pergunta que não quer calar: quantos casos assim passam despercebidos por aí? Enquanto a vigilância sanitária não bate na porta, o risco continua à espreita na próxima esquina. Fica o alerta.