Era pra ser o porto seguro, o colo de avô. Mas o que se revelou em Major Isidoro, no sertão de Alagoas, é um daqueles casos que faz a gente duvidar da humanidade. Um senhor de 67 anos, que deveria ser protetor, foi algemado nesta quarta-feira (11) sob a acusação de cometer um crime hediondo: agredir e estuprar a própria neta, uma criança de apenas 11 anos.
Segundo as investigações da Polícia Civil, tudo começou a desmoronar quando a menina, com uma coragem que nem todo adulto tem, contou tudo para a mãe. O horror acontecia dentro de casa, um lugar que deveria ser seu refúgio. A mãe, em choque – e quem não ficaria? –, não pensou duas vezes e correu para fazer o boletim de ocorrência.
A delegada Helen Feitosa, que comanda a 6ª Delegacia Regional, em Palmeira dos Índios, não escondeu a revolta. "É um caso que choca pela violência e pela quebra de confiança", disse, em um tom que misturava profissionalismo e indignação. A perícia não deixou dúvidas: laudos médicos confirmaram os abusos sofridos pela criança.
Justiça rápida e a prisão
O sistema de Justiça agiu com uma rapidez que, convenhamos, é rara. O mandado de prisão foi emitido quase que instantaneamente. A políia não perdeu tempo e localizou o avô, que foi preso em flagrante pela prática de estupro de vulnerável. A lei é clara: com uma vítima de 11 anos, não há margem para outro enquadramento.
Ele já está atrás das grades, no Presídio de Palmeira dos Índios, à disposição da Justiça. Agora, é aguardar. O processo vai correr, e a neta, essa guerreira mirim, vai precisar de todo o apoio possível – psicológico, familiar, social – para tentar se refazer de um trauma desses.
Casos assim são um soco no estômago. Mostram que o perigo, às vezes, mora ao lado. E bem mais perto do que a gente imagina.
