
Os números são de cortar o coração. Entre 2023 e 2024, o Amazonas viu um salto de 26% nos casos de feminicídio — aqueles crimes covardes que roubam vidas só porque a vítima é mulher. O Anuário de Segurança Pública, que sempre traz dados pra gente ficar de olho, jogou luz nessa situação que já tava ficando insustentável.
Não é exagero dizer que a gente tá vivendo uma epidemia de violência. E o pior? Muitos desses casos começam com aquela ameaça boba, aquele "só" um empurrão, aquele ciúme doentio que muita gente ainda acha normal. Até que um dia... bom, você sabe como termina.
O retrato da dor
Os especialistas que fuçam esses dados o dia inteiro tão com a pulga atrás da orelha. "Não é só um aumento", diz uma pesquisadora que prefere não se identificar. "É um grito de socorro que ninguém tá ouvindo direito."
E olha que a coisa não para por aí:
- A maioria das vítimas tinha entre 20 e 35 anos — justo na flor da idade
- Em 7 de cada 10 casos, o agressor era conhecido (marido, namorado, ex...)
- As delegacias especializadas tão abarrotadas, mas com pouca estrutura pra lidar com a enxurrada
É de cair o queixo como certas coisas ainda acontecem em pleno 2024. A gente se pergunta: cadê aquela lei do feminicídio que tanto falaram? Cadê a proteção que prometeram?
O outro lado da moeda
Pois é, nem tudo são más notícias. Alguns municípios do interior — onde você nem imagina — tão dando show na prevenção. Criaram redes de apoio, botaram psicólogo nas delegacias, ensinam nas escolas que amor não é posse. "Dá trabalho, mas tá valendo", conta uma delegada que não quer aparecer.
Mas convenhamos: enquanto uns se esforçam, outros parecem que tão vivendo na idade da pedra. A falta de investimento em políticas públicas eficientes é patente — e as mulheres é que pagam o pato.
E você, o que acha que falta pra virar esse jogo? Mais leis? Mais educação? Ou será que a gente precisa mesmo é de uma mudança de mentalidade — daquelas que demora, mas quando vem, vira tudo de cabeça pra baixo?