
O que leva uma pessoa a cometer tamanha brutalidade? Essa pergunta ecoou no Tribunal do Júri de Porto Alegre durante o julgamento que terminou com uma condenação pesada: 19 anos de prisão para Willian Roger da Rosa Pereira.
O crime — e aqui é difícil até de escrever — aconteceu naquele fatídico 13 de março de 2022. A vítima, uma mulher cuja identidade preservamos por respeito à família, foi assassinada de forma especialmente cruel. E o pior? Seu corpo foi esquartejado depois da morte.
Os detalhes que chocaram o júri
Durante o processo, ficou claro que não foi um crime passionale comum. A violência foi tão extrema que o Ministério Público nem hesitou em qualificá-lo como feminicídio. Willian não só tirou a vida da vítima como ainda tentou sumir com o corpo, desmembrando-o em partes.
Parece coisa de filme de terror, mas infelizmente foi realidade aqui na nossa cidade. Os peritos conseguiram comprovar tudo — a causa da morte e o esquartejamento posterior.
A defesa tentou, mas a evidência era esmagadora
O advogado de defesa, é claro, fez seu trabalho. Alegou que Willian agiu sob "intenso e súbito ressentimento". Mas convenhamos, será que existe algum ressentimento que justifique algo assim?
O júri não comprou a tese. Depois de ouvir todas as testemunhas e analisar as provas, a decisão foi unânime: culpado.
E não foi só pelo feminicídio, não. A pena — esses 19 anos que todo mundo está comentando — leva em conta também o crime de ocultação de cadáver. Porque tentar sumir com o corpo da vítima é, na visão da lei, um agravante sério.
O que significa essa condenação?
Para a família da vítima, é um alívio amargo. Justiça foi feita, sim, mas nada vai trazer de volta quem se foi. Para a sociedade de Porto Alegre, serve como um alerta — a violência contra a mulher continua sendo uma chaga que precisa ser combatida com unhas e dentes.
E para o sistema de justiça, mostra que crimes bárbaros como esse não ficam impunes. O processo correu normalmente, as provas foram apresentadas, e o resultado veio.
Agora, Willian cumprirá pena em regime inicialmente fechado. São 19 anos para refletir sobre um ato que, francamente, nem deveria caber na cabeça de ninguém.
Que fique o exemplo: a justiça pode até demorar, mas chega. Principalmente quando a brutalidade atinge níveis tão inaceitáveis como neste caso que chocou Porto Alegre.