Era uma manhã comum em São Roque, até que não foi. Uma adolescente de 14 anos caminhou sozinha até a delegacia da cidade, com uma coragem que nem muitos adultos teriam. Ela contou tudo. Cada detalhe. E o que veio depois é um daqueles casos que faz você perder a fé na humanidade — mas também recuperar um pouco, vendo a ação rápida da lei.
O alvo das acusações? Um homem de 37 anos. Segundo o relato da jovem, ele a atraiu para dentro de sua casa na noite anterior com uma promessa falsa. Uma conversa fiada. Uma armadura de confiança que se desfez em segundos.
Lá dentro, o cenário virou pesadelo. Ele a teria forçado, aproveitando-se da idade e da vulnerabilidade. Uma violência silenciosa, daquelas que doem mais que o físico.
Mas ela não calou. No dia seguinte, foi direto à polícia. Narrou o ocorrido com uma clareza que comoveu até os agentes mais experientes. Imediatamente, uma equipe foi até o endereço do suspeito. E ele ainda estava lá. Como se nada tivesse acontecido.
Preso em flagrante. Não deu tempo nem de pensar em desculpas. A Justiça agiu rápido, e ele já está atrás das grades no CDP de Araçoiaba da Serra. O delegado titular, Dr. Fábio Augusto Mendes, foi enfático: “O crime foi devidamente caracterizado, e a palavra da vítima, somada às investigações iniciais, foi crucial para a prisão”.
E agora? O inquérito policial segue a todo vapor. Ele responderá por estupro de vulnerável — crime hediondo, sem direito a fiança. A defesa, é claro, vai se articular. Mas a verdade? Às vezes ela vem vestida de dor, mas não se esconde.
São Roque ficou menor hoje. E mais consciente. Porque crimes assim não podem passar em branco. E graças a uma menina de 14 anos, não passaram.
