Imagine o inimaginável. Um pai, que deveria ser porto seguro, transformado em algoz. Foi exatamente isso que aconteceu em São João de Meriti, na Baixada Fluminense, onde um homem de 42 anos cruzou todas as linhas do humano.
A delegada Fernanda Amorim, que coordenou a operação, não escondeu a repulsa. "É de cortar o coração ver um caso desses. A investigação começou com denúncias anônimas, mas o que encontramos foi muito pior do que imaginávamos".
O esquema macabro desmontado pela polícia
Não foi um deslize, um erro momentâneo. Era um negócio. Metódico, calculista. As buscas na casa do acusado revelaram um verdadeiro centro de operações:
- Dois celulares repletos de arquivos e conversas criminosas
- Computadores com pastas organizadas por conteúdo
- Histórico de transações financeiras que comprovam a comercialização
Pior: as investigações indicam que a própria filha, uma criança, era a vítima principal do material apreendido. Como alguém chega a esse ponto? A pergunta ecoa na delegacia.
As repercussões e o próximo capítulo
O indivíduo já está atrás das grades, respondendo por posse e venda de pornografia infantil. A pena? Pode chegar a oito anos. Mas será que é suficiente para um crime dessa magnitude?
Agora, o foco também está na vítima. A criança foi colocada sob proteção do Conselho Tutelar, enquanto especialistas avaliam o trauma vivido. O caminho para recuperação será longo, muito longo.
Esse caso serve como um alerta sombrio. Os perigos online são reais, e às vezes vêm de onde menos se espera. Fiquem atentos, conversem com seus filhos. A prevenção ainda é a nossa maior arma.