
O Ministério Público do Distrito Federal (MPDFT) divulgou nesta segunda-feira (16/06) que não encontrou indícios de maus-tratos no caso do menino autista que foi visto sendo arrastado por funcionários de uma clínica especializada em Taguatinga, no DF.
O vídeo, que viralizou nas redes sociais, mostra o momento em que a criança é conduzida pelo chão por dois profissionais durante uma crise. As imagens geraram revolta e acusações de violência contra o menor.
Análise detalhada do caso
Segundo o MP, após análise minuciosa das imagens e depoimentos, concluiu-se que os profissionais agiram dentro dos protocolos de contenção para casos de crise em pacientes com Transtorno do Espectro Autista (TEA).
"Não há elementos que configurem ilícito penal ou administrativo", afirmou o órgão em nota. Ainda de acordo com a investigação, a clínica possui alvará de funcionamento regular e equipe capacitada.
Reação nas redes sociais
O caso gerou intenso debate sobre os direitos das pessoas com autismo e os protocolos de atendimento em crises. Especialistas em TEA explicam que:
- Contenção física só deve ser usada em último caso
- Profissionais precisam de treinamento específico
- Agressividade pode ser sintoma de sobrecarga sensorial
Muitos pais de crianças autistas relataram nas redes sociais situações semelhantes enfrentadas durante atendimentos de saúde.
Orientações do MP
O Ministério Público recomenda que:
- Clínicas especializadas reforcem os treinamentos
- Famílias busquem informações sobre direitos
- Profissionais usem técnicas menos invasivas
Apesar de não configurar crime, o caso serviu de alerta para a necessidade de melhorias no atendimento a pessoas com autismo no DF.