Imagine acordar todos os dias sabendo que, em média, 13 crianças em Minas Gerais serão vítimas de crimes sexuais. É como se uma sala de aula inteira fosse violentada diariamente — e isso não é ficção, são os números frios da realidade.
Os dados mais recentes — aqueles que deixam qualquer um com um nó na garganta — mostram que o estado registrou 4.745 casos só no primeiro semestre deste ano. Fazendo as contas, dá mais de um caso por hora. Assustador, não?
Onde estão acontecendo esses crimes?
Não tem endereço certo. Acontece na capital, no interior, em áreas ricas e pobres. A violência sexual contra crianças é uma epidemia silenciosa que não escolhe CEP. E o pior? Especialistas acreditam que os números reais podem ser ainda maiores — muita gente nem chega a denunciar.
"É como tentar enxugar gelo", diz uma assistente social que prefere não se identificar. "A cada caso que resolvemos, aparecem três novos. E a pandemia piorou tudo — crianças trancadas em casa com seus agressores."
O que está sendo feito?
- Campanhas de conscientização nas escolas (mas será que chegam nas que mais precisam?)
- Disque-denúncia 181 recebendo mais de 100 ligações diárias sobre violência contra menores
- Projeto piloto em BH capacitando entregadores de app para identificar sinais de abuso
Mas cá entre nós — isso tudo parece um curativo num ferimento que precisa de cirurgia. Enquanto isso, pais e responsáveis ficam se perguntando: como proteger nossas crianças num mundo que parece ter virado as costas pra elas?
PS: Se você suspeita de algum caso, não fique calado. Denuncie. Pode ser a única chance que aquela criança tem.
