
Parece que o famoso ditado 'blood is thicker than water' (o sangue é mais espesso que a água) encontrou seu limite na administração do Edifício JK, em Belo Horizonte. A situação lá estava, francamente, mais embaçada que café de fundo de garrafa térmica.
Em uma jogada que pegou todo mundo de surpresa — ou nem tanto —, Renato Ribeiro resolveu meter o pé. Sim, o cargo de subsíndico ficou vazio depois que ele, que não é qualquer um não, é irmão da própria síndica, Maria do Carmo Ribeiro, decidiu que já era hora de seguir outro rumo.
A notícia veio à tona nesta quinta-feira, 11 de setembro, e, meu amigo, o burburinho no condomínio não foi pouco. A renúncia dele não foi algo que aconteceu do nada, não. Tinha um clima no ar, uma tensão que você quase podia cortar com uma faca de cozinha. Muita gente no prédio vinha cochichando, questionando se essa proximidade familiar era mesmo a melhor coisa para a gestão dos negócios de todos.
E aí, o que dizem as regras do jogo?
O artigo 1.348 do Código Civil brasileiro é bem claro sobre as responsabilidades de quem administra um condomínio. A síndica, dona Maria do Carmo, agora se vê numa saia justa. Com a saída do irmão, ela terá que tocar o barco sozinha — pelo menos até encontrar um novo subsíndico — e ainda por cima lidar com aquele olhar atravessado de alguns condôminos.
Não é brincadeira, não. A função de subsíndico é crucial. É o braço direito, o parceiro que ajuda a resolver desde um vazamento no último andar até a discussão acalorada sobre o horário do barulho da festa. E quando essa pessoa é da família? Bem, aí as coisas podem ficar… complicadas. Será que as decisões eram sempre as mais imparciais? O questionamento pairou no ar.
Renato, por sua vez, não detalhou os motivos exatos que o levaram a tomar essa decisão. Sabe como é, às vezes a gente cansa, quer partir para novas batalhas, ou simplesmente acha que é melhor sair antes que a situação azede de vez. Fica aquele gosto de 'e se?' na boca.
E agora, José?
O que acontece com o condomínio agora? A síndica assume sozinha as rédeas, é claro. Mas a pergunta que não quer calar é: como ficam a transparência e a confiança? Uma situação dessas mexe com o tecido social de um prédio, abala a fé na administração.
Esse caso no JK serve como um daqueles alertas, um lembrete de que a gestão condominial, por mais que pareça simples, é um campo minado de relações humanas e interesses. Às vezes, manter negócios e família na mesma panela pode, sim, ferver e entornar.
Os próximos capítulos dessa novela — porque com certeza ainda não é o fim — vão mostrar se a síndica conseguirá restaurar a confiança dos condôminos e quem será a próxima pessoa a assumir esse posto tão delicado. Fiquemos de olho.