Foi preciso a coragem de uma denúncia anônima, feita diretamente no ambiente escolar, para que um caso estarrecedor que se arrastava há anos finalmente viesse à tona em Montes Claros. A Polícia Civil cumpriu, nesta quinta-feira (25), um mandado de prisão preventiva contra um homem de 74 anos. As acusações são graves: violência psicológica e abuso sexual contra uma adolescente.
Segundo as investigações, que começaram a tomar forma no último dia 16 de setembro, o idoso supostamente praticava esses crimes contra a jovem havia cerca de três longos anos. Três anos de um sofrimento silencioso, que só encontrou eco quando alguém decidiu falar.
O Papel Crucial da Denúncia
Tudo começou com um relato encaminhado ao Conselho Tutelar da cidade. A informação – preciosa e urgente – partiu de dentro de uma escola da rede municipal. Imediatamente, o caso foi parar nas mãos da Delegacia Especializada em Defesa da Criança e do Adolescente. E olha, o trabalho de investigação foi rápido, mas meticuloso.
Os delegados conseguiram coletar evidências suficientes para convencer a Justiça da necessidade da prisão preventiva. O suposto agressor, agora, está atrás das grades no Presídio Professor Jacy de Assis.
Um Retrato da Investigação
O que se apurou até agora pinta um quadro sombrio. A adolescente, cuja identidade é preservada, era submetida a um verdadeiro inferno particular. A violência psicológica – aquela que não deixa marcas físicas, mas destrói por dentro – e os abusos sexuais eram parte de uma rotina de terror. É de cortar o coração pensar na resiliência dessa jovem.
O idoso foi autuado pelos artigos 147-A e 217-A do Código Penal. Isso significa que ele responde formalmente por violência psicológica e por estupro de vulnerável, respectivamente. São crimes hediondos, com penas severas.
E Agora, o que Acontece?
O preso vai ficar à disposição da Justiça enquanto o processo segue seu curso. A defesa dele, é claro, terá a chance de apresentar sua versão dos fatos. Mas, por enquanto, a prisão preventiva sinaliza que a Justiça enxerga risco à investigação ou à ordem pública.
Casos como esse, francamente, servem como um alerta doloroso. Mostram como canais de denúncia, especialmente nas escolas, são absolutamente vitais. Às vezes, é uma única voz que rompe o silêncio e interrompe um ciclo de violência. A esperança é que a vítima receba todo o suporte necessário para reconstruir sua vida.
