Idosa Escravizada na Bahia: Empregadoras a Separam do Filho com Deficiência
Idosa escravizada na BA é separada do filho por empregadoras

Imagine trabalhar décadas da sua vida e no fim das contas descobrir que valeu menos que nada. Pois é, foi exatamente isso que aconteceu com uma senhora de 73 anos, resgatada de uma situação que dá calafrios só de pensar.

O caso aconteceu em Salvador, e mexe com qualquer um que ainda tenha um pingo de humanidade. A idosa – cujo nome a gente preserva por respeito – passou nada menos que 40 anos trabalhando para duas irmãs. Quatro décadas! E adivinha só? Nunca viram a cor de um centavo de aposentadoria.

O Preço da Crueldade

Mas espera que não para por aí. O nível de crueldade aqui é tão absurdo que chega a ser difícil de acreditar. As tais empregadoras não contentes em explorar a mulher, ainda fizeram algo que beira o inacreditável: separaram-na do próprio filho, que tem deficiência intelectual.

Pensa bem na cena. A mãe, obrigada a servir dia e noite. O filho, longe, sem entender porquê não podia ver quem mais amava no mundo. É de cortar o coração, não é?

E como se não bastasse o trabalho incessante e a separação forçada, a idosa ainda era obrigada a pedir… pedir mesmo… por coisas básicas como remédios e material de higiene. Sério, às vezes a gente se perde tentando entender como alguém consegue ser tão desumano.

A Consequência Veio

Mas olha, o bom e velho ditado ainda vale: tudo tem sua hora. O Ministério Público do Trabalho na Bahia entrou com uma ação por danos morais coletivos. E não foi pouco não – estamos falando de R$ 300 mil!

E tem mais. Cada uma das irmãs vai ter que pagar R$ 50 mil de indenização por danos morais individuais à idosa. Uma mixaria perto do sofrimento causado, mas pelo menos é algum tipo de justiça.

O resgate aconteceu em outubro do ano passado, mas só agora as coisas estão andando. A Defensoria Pública da União também entrou no páreo, movendo outra ação pedindo R$ 500 mil de indenização por danos morais.

E o Filho?

Agora você deve estar se perguntando: e o filho? O rapaz com deficiência intelectual que foi separado da mãe? Bom, ele estava sob os cuidados… das mesmas empregadoras. Ironia das grandes, não?

Felizmente, depois do resgate, mãe e filho foram reunidos. Finalmente. Hoje eles vivem juntos num abrigo, recebendo o cuidado e – principalmente – o respeito que merecem.

O caso ainda tá longe de terminar. As investigações continuam, e tomara que a justiça seja feita até o fim. Porque algumas coisas simplesmente não dá pra ignorar.