
Eis que a poeira começa a baixar — ou melhor, a levantar — no Congresso Nacional. Nesta quinta-feira, 28 de agosto de 2025, a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga aqueles descontos mais do que irregulares no INSS finalmente põe a mão na massa e ouve seus primeiros depoentes.
E que história é essa? Basicamente, um buraco negro de quase R$ 6,7 bilhões — sim, bilhões — que sumiu dos contracheques de aposentados e trabalhadores através de descontos autorizados sem o devido aval. Uma lambança das grandes, digna de roteiro de filme.
Quem são os primeiros a sentar na cadeira?
O primeiro a encarar a bancada de parlamentares foi ninguém menos que o ex-presidente do Instituto, José Carlos Oliveira. Imagina a cena: flashes, jornalistas, e a pergunta que não quer calar — como é que um rombo desses passa batido?
Em seguida, foi a vez de Alexandre Machado, que comandava a área de Benefícios. Duas testemunhas chave, dois nomes no centro do furacão. E olha, o clima não está nada amistoso.
O que esperar das investigações?
Os parlamentares já adiantaram: vão cutucar cada detalhe. A suspeita? Que esses descontos ilegais não foram apenas "erros de sistema" ou "falhas operacionais". Há indícios — e fortes — de que possa ter existido um esquema organizado, com direcionamento e, pasmem, intenção por trás.
Não é à toa que a Procuradoria-Geral da República (PGR) já está de olho e acompanha tudo de perto. Afinal, quando o assunto é dinheiro público — e de quem mais precisa — a coisa fica séria.
E os números assustam: mais de 2,5 milhões de pessoas atingidas. Gente que confiou no sistema e se viu com menos dinheiro no fim do mês. Muitos idosos, muitos trabalhadores que nem desconfiavam.
E agora, o que vem por aí?
Esta é só a ponta do iceberg. A expectativa é que a CPMI ouça mais de 50 pessoas nas próximas semanas — desde servidores até ex-ministros. E pode apostar: vai ter muita revelação bombástica pelo caminho.
O Brasil merece respostas. E parece que, finalmente, elas estão vindo.