
Era um dia comum no centro de Uberaba quando a cena se desenrolou — duas mulheres, aparentemente tranquilas, circulavam entre idosos distraídos. Mas o que parecia banal escondia um plano cuidadosamente ensaiado.
Segundo a delegacia local, elas usavam a velha tática do 'trombadinha': uma distraía a vítima com perguntas ou pequenos impactos, enquanto a outra surripiava objetos pessoais. Só que dessa vez, o esquema deu errado.
Como a polícia descobriu
Um comerciante atento — aquele tipo de pessoa que conhece cada rosto do bairro — estranhou o vai-e-vem das suspeitas. "Elas não compravam nada, só observavam", contou ele, pedindo para não ser identificado. A observação dele fez toda diferença.
Quando a polícia chegou, encontrou nas bolsas das mulheres:
- 3 celulares de modelos antigos
- Carteiras com documentos diversos
- Até um par de óculos de grau — detalhe que comoveu os agentes
"É revoltante ver idosos, que já deram tanto ao país, sendo alvo desses golpes", desabafou um dos policiais envolvidos na ação, enquanto anotava os depoimentos.
O perfil das acusadas
Curiosamente, ambas tinham passagem pela polícia — mas por crimes menores. Uma delas, de 34 anos, já respondera por furto qualificado. A outra, de 28, tinha histórico de estelionato. Parece que decidiram 'evoluir' no mundo do crime, mas o tiro saiu pela culatra.
O delegado responsável pelo caso foi enfático: "Estamos mapeando possíveis conexões com outros furtos recentes na região". Ou seja, essa prisão pode ser só a ponta do iceberg.
Enquanto isso, os idosos atingidos pelo golpe recebem orientações sobre como evitar novas abordagens. "A gente se sente violado duas vezes — pelo furto e pela quebra de confiança", confessou um senhor de 72 anos, que preferiu não se identificar.