Mato Grosso em Choque: Crimes contra LGBTQIAPN+ Disparam 800% e Assassinatos Quase Dobram
Crimes contra LGBTQIAPN+ disparam 800% em Mato Grosso

Os números são de cortar o coração. Em Mato Grosso, a comunidade LGBTQIAPN+ enfrenta uma onda de violência que beira o inacreditável. Só neste ano, os casos de estupro contra essa população aumentaram 800% — sim, você leu certo — enquanto os homicídios quase dobraram. Algo está muito errado, e não dá pra fingir que não é problema de todos.

Um retrato que dói

Os dados, divulgados por organizações de direitos humanos, mostram um cenário que parece saído de um pesadelo. De janeiro a julho deste ano, foram registrados 78 casos de violência sexual contra pessoas LGBTQIAPN+ — no mesmo período do ano passado, eram apenas 9. Os assassinatos saltaram de 15 para 28. Os números falam por si, mas as histórias por trás deles são ainda mais cruéis.

Por que tanta violência?

Especialistas apontam três fatores que se entrelaçam como facas:

  • Discursos de ódio ganhando espaço nas redes e na política
  • Falta de políticas públicas específicas de proteção
  • Um sistema que, muitas vezes, ainda trata essas vítimas como "casos menores"

"Quando autoridades minimizam nossa existência, dão carta branca pra violência", dispara Maria (nome fictício), ativista que sobreviveu a uma tentativa de linchamento no centro de Cuiabá. Ela conta que a polícia demorou quase duas horas pra aparecer — e quando chegou, o tratamento foi "no mínimo, constrangedor".

O que está sendo feito?

Pouco. Quase nada. Algumas iniciativas pipocam aqui e ali:

  1. Um projeto de lei estadual parado há 8 meses
  2. Campanhas pontuais de ONGs sem verba
  3. Promessas vazias de "tolerância zero" que nunca saem do papel

Enquanto isso, nas ruas, o medo vira companheiro diário. "Saio de casa sem saber se volto", confessa Rafael, homem trans que já foi agredido três vezes neste ano — e em todas, ouviu dos agressores: "Aqui não é lugar de viado".

O pior? Muitos casos nem chegam às estatísticas. Vergonha, medo de represálias e descrença na Justiça fazem com que apenas 1 em cada 5 vítimas formalize denúncia. Os números reais podem ser cinco vezes piores do que os oficiais.