
O rio, que antes era sinônimo de lazer e tranquilidade, tornou-se palco de uma das maiores tragédias que Nossa Senhora das Dores já vivenciou. E não é exagero dizer isso — a comunidade inteira sentiu o baque.
Era domingo, 28 de setembro, quando o pior se confirmou. Após três longos — e terrivelmente angustiantes — dias de buscas intensas, o corpo do adolescente de 17 anos foi finalmente localizado nas águas do Rio Sergipe. A notícia correu rápido, feito rastilho de pólvora, deixando todos de coração pesado.
Os últimos momentos
O que teria acontecido naquela quinta-feira fatídica? Segundo relatos — e aqui a gente precisa tomar cuidado com os boatos que sempre surgem nesses momentos — o jovem estava pescando com amigos. Uma atividade comum, rotineira até. Mas o rio, ah, o rio é traiçoeiro quando menos se espera.
Testemunhas disseram ter visto o adolescente simplesmente... sumir. Uma frase que ouvi ressoa na mente: "Foi rápido demais, ninguém conseguiu fazer nada".
Operação de resgate: Noites sem dormir
O Corpo de Bombeiros não mediu esforços. Três dias de operação ininterrupta, com mergulhadores especializados vasculhando cada centímetro daquele trecho do rio. A família, coitada, praticamente montou acampamento na margem. Esperança e desespero se alternavam num balé doloroso.
E olha, preciso dizer: a solidariedade da comunidade foi algo de se admirar. Vizinhos, amigos, até desconhecidos se revezavam levando comida, água, palavras de conforto. Nas horas mais difíceis, é assim que a gente descobre do que uma cidade é feita.
O desfecho que ninguém queria
Quando o corpo foi encontrado, por volta das 10h da manhã de domingo, um silêncio pesado tomou conta do local. Nem preciso descrever a cena — todos podemos imaginar a dor dos pais. Aquela esperança teimosa, que insiste em permanecer mesmo quando tudo indica o pior, finalmente se esvaiu.
O adolescente — cujo nome não vou mencionar aqui por respeito à família — era estudante, tinha toda uma vida pela frente. Essas histórias sempre nos fazem pensar na fragilidade da existência, não é mesmo?
E agora?
O corpo foi encaminhado para o IML de Itabaiana, onde será realizada a necropsia. A Polícia Civil já abriu inquérito para investigar as circunstâncias do desaparecimento e morte. Mas, entre nós, algumas coisas nunca terão explicação satisfatória.
Enquanto isso, Nossa Senhora das Dores tenta seguir em frente, mas carregando essa cicatriz. O rio continua correndo, mas agora carrega também a memória de uma vida interrompida tão cedo.
Resta a pergunta que não quer calar: quantas tragédias precisam acontecer até que medidas mais efetivas de segurança sejam implementadas nesses locais? Fica o questionamento — e a dor de uma comunidade inteira.