Clínica de Reabilitação vira Cárcere Privado: 25 Pessoas Resgatadas em Imbé, RS
Clínica vira cárcere: 25 resgatados em Imbé, RS

Imagina acordar num lugar que promete cura mas entrega apenas grades invisíveis. Foi exatamente isso que aconteceu com 25 almas num suposto centro de recuperação em Imbé, no litoral norte gaúcho. A polícia chegou como um raio numa tarde aparentemente tranquila de sábado – e o que encontrou beirava o inacreditável.

Pacientes mantidos contra a própria vontade, trancafiados num regime que mais parecia uma prisão disfarçada de tratamento. Alguns estavam lá há meses. Outros, talvez até mais. Todos compartilhavam o mesmo olhar perdido, a mesma esperança roubada.

«Aqui dentro é pior que cadeia»

Um dos resgatados, com voz trêmula, contou que tentou sair várias vezes. Sempre era ameaçado ou impedido com violência. «Eles diziam que iam me internar à força se eu não ficasse quieto», relatou, ainda visibly abalado. Outra vítima mencionou condições precárias de higiene e alimentação – detalhes que beiram o desumano.

O proprietário do lugar, um homem de 56 anos, foi agarrado em flagrante. A cara de surpresa dele valeria uma foto, mas a justiça prefere handcuffs a flashes. Ele agora responde por cárcere privado e redução à condição análoga à escravidão. Sério, não dá pra acreditar que isso ainda acontece em pleno 2025.

Como a operação aconteceu?

  • Denúncia anônima: Tudo começou com uma ligação para o disque-denúncia. Alguém finalmente resolveu falar.
  • Investigação silenciosa: A polícia coletou informações por dias antes de agir. Nada de alertar os suspeitos.
  • Ação coordenada: Viatura chegou de surpresa, sem aviso. Ninguém esperava por aquilo.
  • Resgate imediato: As vítimas foram retiradas dali e encaminhadas para atendimento psicossocial.

O pior de tudo? Essa não é a primeira vez que esse lugar aparece na mira das autoridades. Em 2023, já havia sido alvo de uma interdição parcial – mas, aparentemente, o proprietário seguiu operando nas sombras. Alguém deveria ter fechado aquilo de vez, né?

Agora, as vítimas tentam reconstruir a confiança num sistema que, por um triz, falhou com elas. Enquanto isso, o dono da clínica aguarda julgamento – provavelmente num lugar bem menos confortável que o que ele oferecia aos outros.