Tragédia em Pernambuco: Cronologia Chocante da Morte de Alicia Valentina, Espancada Dentro da Escola
Caso Alicia Valentina: Cronologia da Tragédia na Escola

O caso é daqueles que a gente não consegue esquecer tão cedo – e nem deveria, francamente. Alicia Valentina, apenas 11 anos, vida pela frente, morta de maneira brutal dentro de um lugar que deveria ser sinônimo de segurança: a escola.

Pernambuco parou. O Brasil se comoveu. E uma pergunta ecoou, sem resposta: como algo assim pôde acontecer?

Uma Cronologia que Corta o Coração

Tudo começou numa terça-feira, um dia comum que se transformaria em pesadelo. 9 de setembro, por volta das 13h. A Escola Municipal Professor Augusto Severo, localizada no bairro da Guabiraba, Zona Norte do Recife, virou palco de uma cena de horror.

Testemunhas – e aí a coisa fica ainda mais pesada – contaram que Alicia foi vítima de uma agressão covarde e coletiva. Não foi uma briga de criança, um empurrãozinho besta. Foi espancamento. Na sala de aula. Na frente de outros alunos.

O Desenrolar de um Crime Anunciado?

E aqui, meus amigos, é onde a história dá um nó na garganta. A diretoria da escola foi notificada na hora. A menina foi atendida, mas algo claramente não estava certo. Ela reclamou de dores de cabeça fortíssimas, uma náusea que não passava.

Mas, pasmem: ninguém chamou uma ambulância. Ninguém achou que a situação merecia um socorro médico de verdade. Liberaram a criança, que seguiu para casa como se nada daquela magnitude tivesse ocorrido.

O desfecho, previsivelmente trágico, veio rápido. No dia seguinte, 10 de setembro, o estado de Alicia piorou drasticamente. A família, desesperada, correu para o Hospital da Restauração. Mas era tarde. O trauma craniano era grave demais. A menina não resistiu.

As Consequências e a Busca por Justiça

A partir daí, o caso ganhou os contornos de uma investigação criminal de verdade. A Delegacia de Homicídios assumiu o caso, e as peças começaram a se encaixar – ou a desmoronar, dependendo do ponto de vista.

  • 11 de setembro: O laudo preliminar do IML não deixou margem para dúvidas: morte por traumatismo cranioencefálico. A violência da agressão era incontestável.
  • 12 de setembro: A Polícia Civil prendeu, em flagrante, cinco adolescentes suspeitos de participação direta na agressão. Todos alunos da mesma escola.

O choque foi geral. A Secretaria de Educação do Recife emitiu um nota – daquelas cheias de pesar e promessas de apuração – e afastou a diretora e a vice-diretora da unidade. Uma medida óbvia, alguns diriam tardia.

O que fica, no fim das contas, é um vazio imenso. O silêncio de uma sala de aula vazia e o eco de uma pergunta que não cala: quantos mais precisam passar por isso para que a segurança nas escolas vire, de fato, uma prioridade? A história de Alicia não pode ser só mais uma estatística.