
Uma adolescente de 15 anos tornou-se vítima de bullying cruel em uma escola de Goiânia após superar um tratamento contra o câncer. A jovem, que preferiu não se identificar, relata sofrer humilhações diárias por conta das marcas deixadas pela doença.
Relatos de humilhação
"Me chamam de monstro e dizem que eu assusto as pessoas", desabafa a estudante. Segundo ela, as agressões verbais começaram quando retornou às aulas após meses de tratamento. Colegas passaram a imitar sua voz rouca - sequela da quimioterapia - e a excluí-la de atividades em grupo.
Consequências emocionais
A família relata que a jovem desenvolveu quadros de ansiedade e recusa-se a ir à escola. "Ela venceu o câncer, mas agora enfrenta outro tipo de dor", lamenta a mãe, que já protocolou denúncia na diretoria.
Escola se pronuncia
A instituição de ensino afirmou, em nota, que está adotando medidas como:
- Palestras sobre diversidade
- Acompanhamento psicológico
- Reuniões com os pais dos envolvidos
Especialistas alertam que casos como este podem configurar crime. "Bullying por aparência após doença grave caracteriza discriminação", explica a psicóloga educacional Dra. Ana Lúcia Mendes.
Rede de apoio
Nas redes sociais, hashtags como #RespeitoParaSobreviventes ganharam força. A Associação de Combate ao Câncer em Goiás oferece apoio jurídico e psicológico à família.