O ar pesado do tribunal não disfarçava a tensão. Naquele momento, o advogado do homem acusado de um crime que chocou Belo Horizonte tentava explicar o inexplicável. "Ele está destruído, sem chão. Não consegue sequer dormir", desabafou o defensor, em entrevista exclusiva.
O caso — que já virou assunto nos botecos da capital mineira — envolve um filho acusado de tirar a vida da própria mãe. Uma tragédia doméstica que deixou vizinhos e parentes sem palavras. "Ninguém imaginava que algo assim pudesse acontecer", comentou uma moradora do bairro, ainda sob o impacto.
Os detalhes que assustam
Segundo fontes próximas à investigação, o crime teria acontecido durante uma discussão que escalou para o incontrolável. Brigas familiares? Problemas financeiros? A polícia ainda corre atrás dos motivos que levaram a esse desfecho tão brutal.
O suspeito, cuja identidade permanece sob sigilo, estaria "totalmente desestruturado emocionalmente", nas palavras de seu advogado. "É como se ele mesmo não acreditasse no que aconteceu", completou.
O peso da justiça
Enquanto isso, a máquina judiciária começa a se mover. O Ministério Público já sinaliza que pedirá a prisão preventiva — e os promotores não parecem dispostos a aceitar atenuantes. "Crimes contra a vida, especialmente no seio familiar, são inaceitáveis", declarou um representante da promotoria.
Do outro lado, a defesa prepara sua estratégia. Falam em problemas psicológicos não tratados, em um momento de descontrole irreparável. Será suficiente? Difícil dizer. O que sabemos é que uma família foi dilacerada, e uma comunidade ainda tenta entender como tudo aconteceu.
Enquanto o processo segue seu curso, resta uma pergunta no ar: até que ponto o sistema falhou em prevenir essa tragédia? Pergunta difícil, resposta mais complicada ainda.
