
O que era para ser um espaço de diversão virou palco de preocupação. De repente — quase sem aviso —, vídeos de crianças em situações inadequadas começaram a pipocar nas redes. E não, não é exagero: pais, educadores e até psicólogos estão de cabelo em pé.
O buraco é mais embaixo
Não se trata de um ou outro caso isolado. São perfis inteiros dedicados a expor menores com roupas, gestos e falas de adulto — muitas vezes incentivados pelos próprios responsáveis. "É como se a infância estivesse sendo roubada diante dos nossos olhos", comenta uma assistente social que prefere não se identificar.
E o pior? Alguns desses conteúdos chegam a ter milhões de visualizações. Sim, você leu certo: milhões.
O que dizem os especialistas
- Psicólogos alertam para danos irreversíveis no desenvolvimento emocional
- Juristas apontam violação clara do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA)
- Especialistas em digital destacam falhas nos algoritmos de plataformas
"Quando uma criança de 8 anos aparece maquiada como uma adulta, dançando músicas claramente inadequadas, temos que parar e refletir: onde foi que erramos como sociedade?" — a pergunta, incômoda, vem de uma promotora da Vara da Infância.
Autoridades em ação
Diante da enxurrada de denúncias, o Ministério Público já acionou as grandes plataformas. A meta? Exigir explicações e, principalmente, ações concretas. Algumas redes até prometeram melhorar seus sistemas de moderação, mas — cá entre nós — será que isso basta?
Enquanto isso, nas comunidades online, o debate esquenta. De um lado, os que defendem "só uma brincadeira". Do outro, quem enxerga nisso uma forma velada de exploração. No meio, crianças que talvez nem entendam o tamanho do problema.
Uma coisa é certa: o assunto veio para ficar. E você, o que acha disso tudo?