
Era pra ser mais um dia normal na alfândega de Goiânia, mas o que os fiscais encontraram deixou até os mais experientes de queixo caído. Nada menos que 8 mil sachês de nicotina — aqueles saquinhos que viraram febre entre os jovens — tentando entrar sorrateiramente no país.
O valor? Algo em torno de R$ 1,3 milhão. Dinheiro que, convenhamos, daria pra comprar uns 300 mil pães de queijo — ou financiar uma boa parte do mercado ilegal de tabaco.
Operação surpresa pega de calça curta
Segundo fontes próximas à operação, os produtos estavam escondidos em um carregamento que parecia inocente. Mas os fiscais, com faro de cachorro farejador em dia, não caíram no conto do vigário.
"A gente já suspeitava desse tipo de tática", contou um agente que preferiu não se identificar. "Eles tentam de tudo — desde esconder em meio a produtos legais até declarar como outra coisa completamente diferente."
Por que tanta preocupação?
Parece exagero? Nem um pouco. Esses sachês são proibidos no Brasil desde 2022 pela ANVISA, e não é à toa:
- Risco maior de vício entre jovens (que adoram esses produtos coloridos e com sabores)
- Falta de controle sobre o que realmente contêm — pode ter muito mais nicotina que o anunciado
- Efeitos a longo prazo ainda pouco estudados
E o pior? A maioria vem sem nenhuma informação em português, como se o consumidor brasileiro fosse adivinhar os riscos.
O que acontece agora?
Os produtos apreendidos vão direto para o incinerador — sem chance de apelação. Já os responsáveis... Bem, aí a história pode ficar mais complicada.
Se for comprovado que sabiam da ilegalidade, podem responder por crime contra as relações de consumo e até por contrabando. Multa pesada e, dependendo do caso, até cadeia.
Enquanto isso, a fiscalização promete continuar de olho. Afinal, como diz o ditado: "onde há fumaça..." — geralmente tem alguém tentando passar nicotina ilegal.