
O que parecia ser mais um caso de violência policial em Mato Grosso ganhou contornos de novela mexicana. Um PM — cujo nome ainda não foi divulgado — está no centro de uma tempestade perfeita: investigado pelo assassinato do empresário Renato Nery e por uma suposta tentativa de comprar o silêncio do sistema judiciário.
Detalhes que beiram o surreal: um envelope com R$ 10 mil teria sido enviado ao presidente do Tribunal de Justiça local. "É de cair o queixo", comentou um servidor do fórum que preferiu não se identificar. "Nunca vi nada igual."
O crime que abalou Cuiabá
Tudo começou naquela terça-feira cinzenta. Renato, conhecido no círculo de negócios da capital, foi encontrado sem vida com marcas de tiros — três precisamente — nas costas. O modus operandi sugeria execução. E o principal suspeito? Justamente quem deveria proteger a população.
Investigadores encontraram:
- Gravações telefônicas comprometedoras
- Registros de encontros suspeitos
- Padrão de gastos incompatível com o salário
Mas o plot twist veio depois. Alguém — talvez esperando influenciar o curso das investigações — decidiu que R$ 10 mil resolveriam a questão. O destinatário? Nada menos que o presidente do TJMT.
Reações em cadeia
O Ministério Público já classificou o caso como "gravíssimo". Enquanto isso, nas ruas de Cuiabá, o burburinho é grande. "Isso aí é a ponta do iceberg", dispara uma comerciante da região do Porto. "Todo mundo sabe como as coisas funcionam, mas ninguém esperava que fossem tão descaradas."
O TJMT, por sua vez, emitiu nota afirmando que "repudia veementemente qualquer tentativa de suborno" e que colaborará integralmente com as investigações. Já a Polícia Militar limitou-se a dizer que "aguarda o desenrolar dos fatos" antes de se pronunciar.
Enquanto a Justiça não se pronuncia, uma pergunta paira no ar: quantos casos como esse passam despercebidos? A resposta, todos sabemos, provavelmente nos deixaria desconfortáveis.