
Parecia mais um dia comum no bairro Vila Rica, em Governador Valadares, mas a tranquilidade da tarde de domingo foi quebrada por uma movimentação que chamou a atenção dos moradores. De repente, viaturas se posicionaram estrategicamente e agentes da Polícia Civil iniciaram uma operação que revelaria algo muito além do cotidiano pacato da região.
O que encontraram dentro da residência alvo da operação era, para ser sincero, assustador. Não era apenas uma pequena quantidade de drogas para consumo próprio - longe disso. As autoridades se depararam com um verdadeiro arsenal e um estoque de entorpecentes que certamente abastecia boa parte da região.
O que foi apreendido?
A lista de materiais apreendidos dá uma dimensão do que estava acontecendo ali:
- Dois revólveres calibre 38 - um deles, pasmem, com numeração raspada
- Uma espingarda calibre 28, daquelas que causam estrago
- Munição de sobra para todos os equipamentos
- Quase meio quilo de maconha já pronta para distribuição
- Mais de 100 pedras de crack - sim, você leu certo
- Diversas porções de cocaína
- E o que mais chocou: R$ 15.790 em espécie, dinheiro vivo que não deixa dúvidas sobre o movimento do local
Parece cena de filme, mas era a realidade de um bairro residencial. A espingarda, em particular, me faz pensar no nível de violência que poderia estar sendo preparado.
Quem foram os presos?
Seis pessoas não conseguiram escapar da ação policial. Quatro homens e duas mulheres, com idades entre 22 e 42 anos - uma faixa etária que deveria estar produzindo, trabalhando, construindo algo positivo para a sociedade.
O mais velho do grupo, de 42 anos, já tinha um passado que o perseguia: um mandado de prisão em aberto por tráfico de drogas. Parece que não aprendeu a lição da primeira vez.
Os outros cinco, mesmo sem mandados pendentes, foram detidos em flagrante delito. O artigo 33 da Lei de Drogas não perdoa - e nem deveria, quando falamos desse volume de entorpecentes e armamentos.
E agora, o que acontece?
Os seis já estão à disposição da Justiça. O mais velho, com o mandado anterior, deve responder pelos dois casos - e a situação não parece nada favorável para ele.
Os outros cinco, pegos com a boca na botija (ou melhor, com as drogas na casa), encaram a Justiça pelo flagrante. A Defensoria Pública já foi acionada, mas convenhamos: as evidências são bastante contundentes.
O que me impressiona é a ousadia de manter todo esse material numa casa comum, num bairro comum, como se fosse algo normal. A criminalidade realmente perdeu a vergonha na cara.
Enquanto isso, os moradores do Vila Rica devem estar respirando um pouco mais aliviados - pelo menos por enquanto. Operações como essa mostram que, mesmo com todas as dificuldades, o trabalho policial continua rendendo frutos importantes para a segurança de todos.