O Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE) do Rio de Janeiro tem um novo comandante. O major Marcelo Pimentel assumiu oficialmente o cargo nesta segunda-feira (9), em uma cerimônia realizada no quartel-general da unidade, no bairro de Santo Amaro, zona sul da capital fluminense.
Com mais de 20 anos de carreira na Polícia Militar, Pimentel substitui o tenente-coronel Rodrigo Oliveira, que comandou o BOPE nos últimos dois anos. O novo comandante é especialista em operações táticas e já atuou em diversas missões de alto risco.
Trajetória do novo comandante
Marcelo Pimentel ingressou na PM em 2003 e passou pelo Curso de Operações Especiais (COE) em 2010. Desde então, acumula experiência em operações de combate ao crime organizado e em ações de garantia da ordem pública.
Antes de assumir o BOPE, ele comandou o 19º Batalhão de Polícia Militar (Niterói) e foi subcomandante do 23º BPM (São Gonçalo). Também atuou como instrutor de táticas especiais na Academia de Polícia Militar D. João VI.
Desafios à frente do BOPE
O major Pimentel assume o comando em um momento delicado para a segurança pública no Rio. Entre os principais desafios estão:
- O combate às milícias e ao tráfico de drogas
- A modernização do treinamento dos policiais
- A integração com outras forças de segurança
- A redução de baixas em operações policiais
Em seu discurso de posse, o novo comandante destacou o compromisso com a legalidade e a proteção dos direitos humanos durante as operações. "Nosso lema continua sendo 'a lei acima de tudo', e vamos atuar com rigor técnico e respeito à população", afirmou.
O que é o BOPE?
O Batalhão de Operações Policiais Especiais é uma unidade de elite da Polícia Militar do Rio de Janeiro, criada em 1978. Especializado em operações de alto risco, o batalhão atua principalmente em:
- Operações em comunidades dominadas pelo crime organizado
- Resgate de reféns
- Combate ao terrorismo
- Ações táticas especiais
A unidade ficou mundialmente conhecida após o lançamento do filme "Tropa de Elite" (2007), embora os policiais ressaltem que a ficção não retrata fielmente o trabalho real do batalhão.
