Justiça Militar do AM absolve 5 militares acusados de matar policial dentro de quartel em Manaus
Justiça Militar absolve 5 militares no caso Deusiane

O que realmente aconteceu naquela noite de 2021 dentro do 1º Batalhão de Infantaria de Selva em Manaus? A pergunta, que ecoou por corredores de tribunais e quartéis durante quatro longos anos, finalmente teve uma resposta oficial — mas talvez não a que muitos esperavam.

Nesta segunda-feira, a Justiça Militar do Amazonas absolveu os cinco militares que estavam no banco dos réus acusados pela morte da policial militar Deusiane Nunes. A decisão, tomada por unanimidade, basicamente jogou uma pá de cal sobre o processo que investigava se a morte dentro do quartel tinha sido homicídio ou algo completamente diferente.

E olha, a história é daquelas que dão nó na cabeça. Deusiane, que tinha 31 anos na época, foi encontrada sem vida dentro da unidade militar no dia 8 de dezembro de 2021. O laudo pericial apontou que a causa da morte foi asfixia mecânica — mas aí é que a coisa complica.

O que a defesa argumentou

Os advogados dos militares construíram uma narrativa bem diferente da que o Ministério Público tentou vender. Eles garantiram, com unhas e dentes, que a policial tinha se enforcado sozinha. Sim, você leu certo: suicídio.

E não foi só isso. A defesa ainda soltou uma bomba ao afirmar que Deusiane estaria passando por uma crise pessoal fortíssima, daquelas que a gente nem imagina. Briga com o namorado, problemas emocionais — o pacote completo que, segundo eles, teria levado à trágica decisão.

O que faltou para uma condenação

Parece que o que derrubou a acusação foi a falta daquela prova concreta, sabe? Aquele elemento que não deixa margem para dúvidas. Os desembargadores militares consideraram que as testemunhas não conseguiram — ou não quiseram — apontar o dedo diretamente para nenhum dos acusados.

E tem mais: o tribunal destacou que não apareceu nenhuma prova técnica que ligasse os militares diretamente à morte. Nada de impressões digitais, nada de imagens de câmeras, nada de conversas gravadas. Uma lacuna enorme que, no final das contas, falou mais alto.

Não é todo dia que se vê um caso desses. Um policial morto dentro de um quartel, cinco colegas de farda no banco dos réus, e no fim tudo termina em absolvição. A decisão deve gerar bastante discussão — isso é quase certo.

Enquanto isso, a família de Deusiane e os militares absolvidos tentam seguir com suas vidas, cada um carregando seu próprio peso dessa história. O sistema de Justiça falou, mas será que conseguiu responder todas as perguntas? Essa resposta, cada um terá que encontrar por si mesmo.