
Era uma época em que os smartphones ainda nem existiam, o Facebook mal engatinhava e o termo "fake news" não assombrava ninguém. Foi nesse contexto distante que o atual delegado assumiu o comando da Delegacia de Homicídios da Capital catarinense. Agora, 17 anos depois — tempo suficiente para uma criança nascer e chegar quase à maioridade —, o bastão passa para outras mãos.
Não foi um adeus qualquer. O delegado que deixou o cargo acumulou histórias que dariam um livro (ou vários). Quantos casos não passaram por suas mãos? Quantas famílias não buscaram respostas naquela delegacia? Difícil dizer — mas fácil de imaginar o peso dessa mudança.
O novo capitão do navio
Quem assume agora tem um desafio e tanto pela frente. Florianópolis não é mais a mesma de 2008, e os crimes também evoluíram (para o lado ruim, claro). O novo delegado chega num momento em que:
- A violência urbana se reinventa a cada dia
- As técnicas de investigação precisam acompanhar a tecnologia
- A pressão por resultados rápidos nunca foi tão grande
E olha que ninguém disse que seria fácil. O cargo exige sangue frio, paciência de monge e uma dose extra de resiliência — afinal, estamos falando de lidar com a pior face humana diariamente.
O legado que fica
Quase duas décadas no mesmo posto não se apagam com um simples "passar de cargo". O ex-delegado deixa marcas profundas:
- Modernização dos métodos investigativos
- Parcerias estratégicas com outros órgãos
- Um time que, segundo quem conhece, aprendeu muito com ele
"É como trocar o técnico de um time no meio do campeonato", comentou um investigador que preferiu não se identificar. A comparação faz sentido — só que aqui os "gols" são vidas e a "torcida" são famílias inteiras esperando justiça.
O clima na delegacia? Uma mistura de nostalgia com expectativa. Afinal, toda mudança traz um frio na barriga — ainda mais quando se trata de uma instituição que lida com o que há de mais delicado na sociedade.