Agente penitenciário é flagrado em operação por cobrar R$ 25 mil para levar drogas e celulares a presos em MT
Agente penitenciário cobrava R$ 25 mil por entrega ilegal

Era mais um dia comum no sistema prisional de Mato Grosso — ou pelo menos deveria ser. Mas um agente penitenciário resolveu transformar seu cargo em um negócio lucrativo, e acabou entrando na mira da justiça. A história parece saída de um roteiro de filme, mas infelizmente é real.

Segundo informações apuradas, o homem — cujo nome não foi divulgado — cobrava nada menos que R$ 25 mil para facilitar a entrada de drogas e aparelhos celulares no presídio onde trabalhava. Um verdadeiro balcão de negócios ilegais, com preço tabelado e tudo.

Operação fecha o cerco

A operação que desmantelou o esquema foi deflagrada na última quinta-feira (17). Policiais civis, munidos de mandados de busca e apreensão, foram até a residência do suspeito em busca de provas. E encontraram.

Entre os itens apreendidos estavam:

  • Anotações com valores e nomes
  • Celulares suspeitos
  • Quantidade não especificada de drogas

"Quando alguém cruza essa linha, deixa de ser agente da lei para virar parte do problema", comentou um dos investigadores envolvidos no caso, que preferiu não se identificar. E de fato — o que era para ser um servidor público virou, nas palavras de outro policial, "um entregador de encomendas ilegais".

Modus operandi arriscado

O esquema funcionava com uma audácia que impressiona. O agente supostamente:

  1. Recebia os valores em espécie
  2. Escondia os produtos em locais estratégicos
  3. Fazia a "entrega" durante seu turno de trabalho

Parece simples, mas era um jogo perigoso — tanto para a segurança do presídio quanto para sua própria liberdade. Que agora está seriamente ameaçada.

As investigações continuam, e pode haver mais envolvidos. Afinal, como diz o ditado: "uma andorinha só não faz verão". Será que esse era um caso isolado, ou a ponta de um iceberg? Só o tempo — e o trabalho diligente das autoridades — dirá.