
Uma juíza envolvida no processo de investigação da morte de Diego Maradona foi afastada do caso após surgirem indícios de sua participação em um documentário sobre o tema. A decisão foi tomada pelo Tribunal de San Isidro, na Argentina, que considerou a situação um conflito de interesses.
Segundo fontes judiciais, a magistrada teria concedido entrevistas e compartilhado informações sigilosas com a equipe de produção do filme, o que poderia comprometer a imparcialidade do processo. O caso já havia gerado polêmica após a família do ídolo do futebol acusar médicos e outros envolvidos de negligência.
Repercussão internacional
A morte de Maradona, em novembro de 2020, chocou o mundo e levantou questionamentos sobre as circunstâncias do ocorrido. Agora, o afastamento da juíza adiciona um novo capítulo à trama, que mistura Justiça, mídia e futebol.
Especialistas em direito penal afirmam que a medida foi necessária para preservar a integridade da investigação. "Qualquer vínculo com produções midiáticas pode colocar em dúvida a neutralidade do Judiciário", explica um jurista consultado.
O que diz a defesa?
Até o momento, a juíza não se pronunciou publicamente sobre o caso. Seus advogados devem recorrer da decisão, alegando que sua atuação sempre foi pautada pela ética profissional.
Enquanto isso, o documentário em questão segue em produção e promete revelar novos detalhes sobre os últimos dias de vida do craque argentino. A estreia está prevista para o próximo ano.