
Uma equipe de peritos forenses iniciou uma investigação minuciosa no Cemitério de Irajá, na Zona Norte do Rio de Janeiro, onde diversas vítimas da ditadura militar (1964-1985) foram enterradas como indigentes. O trabalho busca esclarecer o paradeiro de corpos de presos políticos que supostamente desapareceram dos registros oficiais.
Operação Revela Irregularidades
Os especialistas encontraram diversas inconsistências nos registros de sepultamento da época. Documentos apresentam rasuras, informações conflitantes e até mesmo ausência de dados sobre procedimentos de enterro de pessoas identificadas como opositores do regime.
Técnicas Modernas de Identificação
Com tecnologia de ponta, incluindo análise de DNA e antropologia forense, a comissão pretende:
- Confrontar registros históricos com evidências físicas
- Identificar possíveis valas clandestinas
- Esclarecer casos emblemáticos de desaparecimento
Famílias Aguardam Respostas
Parentes de vítimas acompanham o trabalho com expectativa. "Depois de décadas, finalmente podemos ter a chance de dar um enterro digno aos nossos familiares", declarou uma filha de desaparecido político que preferiu não se identificar.
O Ministério Público Federal acompanha as investigações, que devem se estender por pelo menos seis meses. As descobertas podem resultar em novas ações judiciais sobre crimes cometidos durante o período autoritário.