Parecia mais um daqueles dias comuns em Brasília, mas não era. O que aconteceu no centro da capital federal esta semana foi algo que vai ecoar por muito tempo. Mulheres de todos os cantos do país se reuniram num daqueles eventos que a gente sabe que vai marcar época.
E olha, não foi pouca coisa. Representantes de mais de 100 organizações — sim, você leu certo — se juntaram para uma conversa que misturou indignação com esperança. A pauta? Nada mais, nada menos que o futuro da democracia e a eterna luta por um país mais igual.
Um Grito que Veio de Muitas Vozes
O clima no local era eletrizante. Dava para sentir no ar aquela energia que só surge quando pessoas determinadas se encontram. E sabe o que mais impressionava? A diversidade. Tinha desde jovens universitárias até mulheres com histórias de vida que fariam qualquer um parar para pensar.
"A gente cansou de esperar", comentou uma das participantes entre um café e outro. "Chegou a hora de fazer diferente." E fazer diferente foi exatamente o que propuseram.
Os Números que Não Mentem
Os dados apresentados foram daqueles que dão frio na barriga:
- Mulheres ainda ganham menos, muito menos
- A violência doméstica continua assustadora
- A representação política precisa melhorar — e muito
Mas ao invés de se deixarem abater, transformaram esses números em combustível. Afinal, como disse uma das palestrantes, "estatística sem ação é só papel pintado".
Democracia: Mais que uma Palavra Bonita
O debate sobre democracia foi dos mais acalorados. Não aquela democracia de cartilha, sabe? Mas uma democracia real, do dia a dia, que inclui todo mundo na conversa.
"Democracia sem mulheres é meio caminho andado", brincou uma das lideranças, arrancando risos e aplausos. Mas na verdade, era sério. Muito sério.
As participantes foram unânimes em um ponto: não dá mais para separar a luta pelos direitos das mulheres da defesa da democracia. São duas batalhas que se misturam, se completam e se fortalecem.
O que Saiu do Forno
Do encontro saíram propostas concretas — nada daqueles documentos que viram pó na gaveta. Entre as principais:
- Um plano de ação para aumentar a participação feminina na política
- Estratégias de combate à violência que realmente funcionem
- Uma rede de apoio que una mulheres de diferentes realidades
E o mais importante? Todas saíram com a certeza de que isso é só o começo. Como me contou uma senhora que veio do Nordeste: "A gente plantou uma semente hoje. Agora é regar e ver crescer".
No final, o que ficou claro é que as mulheres brasileiras não estão pedindo permissão. Estão construindo seu espaço, com unhas e dentes se preciso. E Brasília foi só o primeiro capítulo de uma história que promete muitas reviravoltas.
