
O Vale do Paraíba, conhecido por suas paisagens exuberantes e cidades históricas, está dando o que falar — mas, desta vez, por boas razões. Os números do primeiro semestre de 2025 mostram uma queda de 20% nos assassinatos em comparação ao mesmo período do ano anterior. Algo que, convenhamos, não é pouca coisa.
Segundo especialistas, essa redução não veio do acaso. Políticas de segurança integradas, como o aumento do policiamento ostensivo e programas sociais em áreas de risco, estão por trás do resultado. "É um trabalho de formiguinha, mas que começa a dar frutos", comenta um delegado da região, que prefere não se identificar.
O que explica a mudança?
Além da presença mais marcante das forças de segurança, outros fatores pesaram:
- Inteligência policial: Compartilhamento de dados entre municípios virou rotina, antecipando ações criminosas.
- Foco em pontos críticos: Locais antes considerados "territórios livres" do crime agora têm monitoramento 24h.
- Parcerias com a comunidade: Projetos que envolvem jovens em situação de vulnerabilidade reduziram o recrutamento por facções.
Não é milagre, claro. Ainda há muito a melhorar — principalmente em cidades como Taubaté e São José dos Campos, onde os índices, embora menores, ainda preocupam. Mas, como diria meu avô, "devagar se vai ao longe".
E os moradores, o que dizem?
"Antes, eu não deixava meus filhos saírem depois das 18h. Agora, até o comércio está fechando mais tarde", relata Maria, dona de uma padaria em Jacareí. Outros, porém, mantêm o pé atrás: "Melhorou, mas ainda tem gente que acha que é pouco", dispara um motoboy de Pindamonhangaba, entre um gole de café e outro.
Se a tendência continuar, o Vale pode se tornar um case de sucesso no combate à violência. Mas, como tudo na vida, é preciso manter os pés no chão. Afinal, números são números — e a sensação de segurança, essa, é outra história.