Tiroteio Fatal: Homem Assassinado em Frente a Escola em Porto Alegre
Tiroteio fatal: homem morto em frente a escola em POA

Era para ser mais uma segunda-feira comum no bairro Tristeza, mas o dia amanheceu com o som de tiros que ecoaram pela Rua Doutor Mário Totta por volta das 8h30. Um homem — até agora não identificado — foi alvejado brutalmente enquanto caminhava tranquilamente pela calçada. E o pior: tudo aconteceu a poucos metros de uma escola, deixando a comunidade em estado de choque.

Testemunhas que preferiram não se identificar — quem pode culpá-las? — contaram que ouviram pelo menos cinco disparos. "Parecia rojão, mas aí a gente viu o homem caído", relatou um morador que estava indo comprar pão. A cena que se seguiu foi de puro caos: crianças sendo retiradas às pressas, pais em desespero, e aquela sensação pesada no ar que só a violência consegue trazer.

O cenário do crime

A Brigada Militis chegou rápido, mas já era tarde demais. O homem — que aparentava ter entre 30 e 35 anos — já estava sem vida quando os primeiros socorros chegaram. Os peritos trabalharam por horas no local, recolhendo aquelas provas que talvez nos digam o que realmente aconteceu.

O que mais deixa a gente pensando: o crime aconteceu num raio de menos de 100 metros da Escola Municipal de Ensino Fundamental Saint'Hilaire. Num desses paradoxos da vida urbana, um lugar feito para educar e proteger crianças virou cenário da mais pura violência.

A reação da comunidade

Os vizinhos estão, naturalmente, assustados. "A gente vive com medo constante", desabafou uma mãe que busca o filho na escola todos os dias. "É sempre a mesma história: violência crescendo e a gente se sentindo cada vez mais vulnerável."

A Secretaria Municipal de Educação emitiu um comunicado — daqueles bem formais — dizendo que "tomou as providências necessárias" e que as atividades seguiram normalmente após o primeiro susto. Mas será que "normal" é a palavra certa quando crianças testemunham — mesmo que indiretamente — esse tipo de barbárie?

Enquanto isso, a polícia segue investigando. Não há suspeitos até o momento, e o mistério sobre o motivo do crime e a identidade da vítima permanecem. O IGP já foi acionado para fazer o reconhecimento do corpo — mais um trâmite burocrático nessa história trágica.

O que fica é aquela pergunta que não quer calar: até quando espaços que deveriam ser seguros — como o entorno de escolas — vão continuar sendo palco dessa violência que parece não ter fim? Porto Alegre merece respostas.