
Não é de hoje que a paixão pelo futebol ultrapassa os limites do bom senso. Dessa vez, o Palmeiras decidiu bater o martelo e tomar uma atitude drástica diante da repetição de cenas lamentáveis que mancham o esporte.
Na última semana, mais um capítulo dessa novela sem fim: torcedores transformaram o entorno do estádio num verdadeiro campo de batalha. Vidraças quebradas, cadeiras arrancadas, brigas generalizadas — parece que alguns ainda não entenderam que estádio não é ringue.
O clube não aguentou mais
"Chega!" — foi basicamente o que disse a diretoria do Verdão ao protocolar um pedido formal de abertura de inquérito policial. E não é pra menos. Quando a coisa começa a ficar séria — e aqui estamos falando de integridade física das pessoas — alguém tem que botar a mão na massa.
Fontes do clube revelaram que há registros de pelo menos três episódios graves só neste semestre. "A gente até tenta dialogar, mas quando vira rotina, a conversa já não resolve", desabafou um dirigente que preferiu não se identificar.
O que diz a lei?
Pois é, muita gente não sabe, mas desde 2003 existe a famosa Lei Geral da Copa. Ela prevê punições duras para esse tipo de situação — multas pesadas, proibição de ingressar em estádios e até cadeia em casos extremos. Só que, entre o papel e a realidade... bem, você sabe como é.
- Multas que podem chegar a R$ 100 mil
- Interdição de setores do estádio
- Proibição de venda de ingressos para torcida visitante
E olha que interessante: especialistas em segurança esportiva afirmam que 90% dos problemas poderiam ser evitados com medidas simples. Mas aí já é outra história...
E agora, José?
Enquanto isso, os torcedores de bem — aqueles que só querem curtir o jogo em paz — ficam no meio do fogo cruzado. "Tá difícil levar a família pro estádio", reclama o pedreiro Marcos Silva, que é sócio do clube há 15 anos. Ele tem razão. Quem paga o pato sempre é o cidadão comum.
O Palmeiras, por sua vez, promete não parar por aí. Além da investigação, o clube estuda criar um sistema de identificação biométrica para torcedores considerados "problemáticos". Radical? Talvez. Necessário? Com certeza.
Uma coisa é certa: se nada for feito, a próxima cena de violência pode ser só questão de tempo. E aí, será que todo mundo vai continuar fingindo que não viu?