A noite de quinta-feira, aquela do dia 25, não trouxe paz para a Rua Uruguai, no bairro Vila Luiza. Pelo contrário — o que se viu foi uma cena de horror que deixou a comunidade em estado de choque. Por volta das 22h, o silêncio foi quebrado por disparos. E não foram poucos.
Segundo informações que chegaram à Brigada Militar, tudo aconteceu dentro de uma residência comum, daquelas que a gente passa todo dia sem imaginar a tragédia que pode abrigar. Dois indivíduos, cujas identades ainda são um ponto de interrogação para as autoridades, simplesmente invadiram o lugar. Eles não estavam para conversa.
A execução foi brutal, direta. Um homem, que respondia pelo nome de Maicon de Oliveira, de 33 anos, foi alvejado com múltiplos tiros na região da cabeça. A precisão dos golpes fatais não deixa muita margem para dúvidas sobre a intenção dos criminosos. Ele não resistiu aos ferimentos.
Mas Maicon não estava sozinho. Uma mulher, companheira dele no momento do ataque, também foi atingida por pelo menos um projétil. O estado de saúde dela, felizmente, é considerado estável pelos médicos que a atenderam no Hospital da Cidade. Estável, mas sério — um susto que vai levar tempo para ser superado, se é que um dia será.
O mais intrigante nessa história toda? Aparentemente, não houve roubo. Os bandidos simplesmente fizeram o que foram fazer e sumiram no escuro da noite, sem levar nada. Isso levanta uma série de questionamentos. Briga pessoal? Dívida? Acerto de contas do mundo do crime? A Polícia Civil, é claro, não revela os detalhes da investigação, mas trabalha com várias linhas de apuração.
Quem mora por perto, coitado, ainda está tentando digerir o acontecido. "A gente ouviu os tiros, foram muitos, mas ficou com medo de sair na hora", contou um vizinho que preferiu não se identificar, o medo ainda estampado no rosto. É o tipo de coisa que mexe com a sensação de segurança de todo mundo. Se não estamos seguros dentro de casa, onde estaremos?
O corpo de Maicon foi encaminhado para o Instituto-Geral de Perícias (IGP), onde passará por exame necroscópico. Enquanto isso, os investigadores colhem imagens de câmeras de segurança da região — porque hoje em dia, difícil é um lugar que não tenha uma — e buscam por testemunhas que possam ajudar a montar esse quebra-cabeça macabro.
Mais um caso de violência que, infelizmente, se tornou rotina em muitas cidades. E Passo Fundo, que sempre teve seu lado pacato, agora precisa encarar essa realidade dura. A pergunta que fica é: quando é que vamos conseguir virar esse jogo?
