
Imagine acordar e descobrir que alguém próximo simplesmente sumiu. Na Bahia, essa tragédia acontece com uma média de 11 pessoas por dia — sim, você leu certo. Um número que daria pra lotar um ônibus inteiro em menos de uma semana.
O que fazer quando o pior acontece?
Primeiro: não espere. Nem aquela velha história de "vai aparecer". Corra pra delegacia mais próxima e exija o registro do boletim de ocorrência. A lei diz que não existe prazo mínimo pra reportar desaparecimento — isso aí é lenda urbana.
Dicas que podem salvar vidas:
- Documente tudo: foto recente, características físicas, roupa que usava por último
- Alerta nas redes: compartilhe só em grupos confiáveis pra evitar golpes
- Cheque hospitais: muitos desaparecidos acabam em unidades de saúde sem identificação
E olha só um detalhe que pouca gente sabe: a Bahia tem um cadastro estadual de desaparecidos que cruza dados com outros estados. Funciona? Mais ou menos. Falta grana, falta gente, mas pelo menos é alguma coisa.
Como prevenir?
Conversa franca: sumiço não escolhe classe social. Mas alguns cuidados básicos ajudam:
- Ensine crianças a decorar telefones de emergência
- Idosos com Alzheimer devem usar pulseiras de identificação
- Combine "palavras-código" com a família pra identificar mensagens suspeitas
Ah, e se achar alguém perdido na rua? Não ignore. Parece óbvio, mas é nessa hora que a solidariedade faz diferença. Uma ligação pro 190 pode reunir uma família inteira.
No fim das contas, desaparecimento não é caso de polícia — é caso de sociedade. E na Bahia, onde o sol é quente mas alguns corações estão frios, cada um precisa fazer sua parte.