
Numa reviravolta que parece saída de um thriller político, a ex-deputada federal Carla Zambelli foi detida na Itália — e o mais curioso: isso aconteceu mesmo ela sendo cidadã italiana. Como assim? Você deve estar se perguntando. Pois é, a coisa é mais embaixo do que parece.
O que deu errado no "plano perfeito"?
Muita gente achou que ter dupla cidadania seria um salvo-conduto contra problemas no exterior. Zambelli inclusive. Mas a Justiça italiana — aquela mesma que não perdoa nem a máfia — mostrou que as coisas não são bem assim.
Detalhe curioso: o mandado de prisão europeu (aquele famoso que não respeita fronteiras) pesa mais que passaporte. E olha que a Itália nem precisou esperar o Brasil — o processo correu em paralelo, como dois trens em colisão anunciada.
Os três erros fatais
- Achou que cidadania dava imunidade — quando na verdade só facilita a deportação
- Subestimou a cooperação jurídica internacional — hoje em dia, os sistemas conversam mais que vizinha fofoqueira
- Esqueceu que a lei italiana é dura com crimes políticos — e eles consideram o caso dela bem sério
"Mas como pode?", alguns torcedores da ex-deputada questionam nas redes. Simples: a cidadania não é escudo contra crimes cometidos no Brasil. A Itália só reconhece imunidade parlamentar para atividades no próprio país — e olhe lá.
O que dizem os especialistas?
Conversamos com um advogado especialista em direito internacional que prefere não se identificar (porque o caso é quente, né?). Ele explica: "A Itália age como dona de casa brava — se você suja a casa dela, ela te bota pra fora. Mas se sujou outra casa, ela ajuda a te entregar".
E tem mais: o tratado de extradição entre Brasil e Itália é antigo, mas eficiente. Foi assinado em 1989 — sim, quando a Zambelli nem sonhava em ser política — e funciona como uma via de mão dupla. Ou seja: o Brasil também pode pedir a volta dela.
E agora?
A defesa já entrou com recursos (óbvio), mas a situação tá feia. A Itália não costuma brincar em serviço quando o assunto é justiça — vide os casos de corrupção que eles mesmos enfrentam internamente.
Enquanto isso, nas redes sociais, a polarização brasileira mostra sua cara mais caricata: de um lado, os que comemoram como se fosse gol do time; do outro, os que falam em "perseguição política internacional". A verdade? Provavelmente está no meio termo, como sempre.
Uma coisa é certa: esse caso vai dar pano pra manga — e provavelmente virar precedente para outros políticos com dupla cidadania que pensam que podem jogar com as regras do sistema.