Não foi um começo fácil para Carla Zambelli nesta quarta-feira (14). A deputada federal, conhecida por suas posições polêmicas e pela recente greve de fome, passou mal momentos antes de uma audiência crucial na Justiça italiana. O episódio — que pegou todos de surpresa — levantou questionamentos sobre o impacto da protesto radical na saúde da parlamentar.
O que aconteceu exatamente? Segundo fontes próximas, Zambelli começou a sentir tonturas e fraqueza ainda no hotel onde estava hospedada. Uma equipe médica foi acionada rapidamente, aplicando soro e fazendo avaliações básicas. "Ela estava visivelmente abatida, mas se recusou a cancelar o compromisso", contou um assessor que preferiu não se identificar.
Greve de fome: protesto ou risco à saúde?
Ao contrário do que muitos imaginam, ficar sem comer não é brincadeira — e o corpo cobra o preço. Zambelli, que ficou 48 horas em jejum como forma de protesto político, pode ter subestimado os efeitos colaterais. Médicos ouvidos pela reportagem alertam: "Mesmo curtos períodos sem alimentação adequada podem causar hipoglicemia, desidratação e, em pessoas com predisposição, até arritmias cardíacas".
Curiosamente, a própria deputada minimizou o ocorrido. "São coisas que acontecem quando você luta por aquilo que acredita", disse ela, já recuperada, ao entrar no tribunal. Mas será que foi só isso? Especialistas em nutrição afirmam que o estresse pré-audiência, somado ao desgaste físico recente, criaram o cenário perfeito para o mal-estar.
O pano de fundo político
Para entender a situação, é preciso voltar algumas casas no tabuleiro. A audiência na Itália está relacionada a um processo antigo — coisa de 2018 — envolvendo supostas irregularidades em viagens internacionais. Zambelli nega veementemente qualquer ilegalidade, classificando a ação como "perseguição política".
- Processo aberto há 5 anos na Itália
- Acusações de uso indevido de verba pública
- Defesa alega motivação política
O timing, convenhamos, não poderia ser pior. Com a cena do mal-estar viralizando nas redes, a bancada opositora já começou a questionar: "Até que ponto vale sacrificar a saúde por uma causa política?" Do outro lado, aliados defendem a "coragem" da deputada em "enfrentar o sistema".
Uma coisa é certa: o episódio jogou luz sobre um debate que vai muito além de Zambelli — o limite entre ativismo político e cuidado pessoal. Enquanto isso, na sala de audiências, a deputada seguia firme, provando que, mal-estar ou não, não pretende dar tréguas na batalha judicial.
