
Roma não foi construída em um dia, e o processo de extradição de Carla Zambelli parece seguir o mesmo ritmo — devagar, mas sem pausas. A ex-deputada federal, que já foi uma das vozes mais barulhentas do cenário político brasileiro, agora enfrenta o silêncio opressivo de uma cela italiana.
Desde que foi presa — aquela cena dramática no aeroporto de Fiumicino que parecia saída de um filme —, Zambelli virou peça num tabuleiro jurídico internacional. E olha que tabuleiro! Com regras complexas, movimentos calculados e, claro, muita burocracia pelo caminho.
O que dizem os advogados?
"É uma situação delicada", admite um dos defensores, preferindo não se identificar. E não é pra menos! Enquanto a defesa tenta argumentar que a cliente não representa risco de fuga, o Ministério Público brasileiro insiste: "Tem que responder pelos atos no país de origem".
Detalhe curioso: os prazos na Justiça italiana são... bem, italianos. Sem a pressa típica brasileira. Um mês pode virar dois, três — quem sabe? A Zambelli, enquanto isso, se vira nos trinta numa prisão que, dizem, não é das piores, mas está longe de ser um hotel cinco estrelas.
E no Brasil?
Aqui, a situação é tratada com certo — como dizer? — "interesse contido". Alguns comemoram discretamente, outros torcem o nariz. "Justiça sendo feita", murmura um lado. "Perseguição política", grita o outro.
O certo é que, enquanto os trâmites legais seguem seu curso, Zambelli vira personagem de uma história que mistura política, direito internacional e um bocado de suspense. Resta saber: quando — e se — ela colocará os pés novamente em solo brasileiro.