
O plenário da Câmara Municipal de Santos decidiu, nesta quarta-feira (19), cassar o mandato do vereador acusado de quebra de decoro parlamentar. A votação, que contou com ampla maioria, encerra um processo que se arrastava há meses na casa legislativa.
Em discurso inflamado após a decisão, o parlamentar afirmou ter sido vítima de perseguição política e chegou a fazer uma analogia religiosa: 'Hoje fui crucificado como Cristo. Essa cassação é injusta e política', declarou aos jornalistas.
Processo por conduta antiética
O caso teve início após denúncias de que o vereador teria usado seu cargo para benefício pessoal, além de supostas agressões verbais a colegas e servidores públicos. A comissão de ética da Câmara apurou as acusações e recomendou a cassação.
Entre as irregularidades apontadas estão:
- Uso indevido de recursos públicos
- Assédio moral a funcionários
- Desrespeito ao regimento interno
Reações à decisão
O presidente da Câmara destacou que a decisão foi tomada com base em provas concretas: 'Não se trata de perseguição, mas de cumprimento da lei. O decoro parlamentar é requisito básico para o exercício do mandato', afirmou.
Já a oposição comemorou o resultado, classificando-o como vitória da ética na política. Alguns aliados do vereador cassado, porém, criticaram a decisão, alegando excesso de rigor.
Próximos passos
Com a cassação, o vereador perde imediatamente o mandato e fica inelegível por oito anos. A vaga será ocupada pelo suplente mais votado da última eleição. Especialistas em direito eleitoral afirmam que ainda cabe recurso na Justiça, mas as chances de reversão são consideradas remotas.