Trump chama Brasília de 'capital violenta' e usa dados antigos de homicídios — Polêmica ou exagero?
Trump chama Brasília de violenta com dados desatualizados

Numa daquelas falas que deixam todo mundo com a pulga atrás da orelha, Donald Trump resolveu puxar o nome de Brasília para o debate sobre violência urbana. E não foi elogio. O ex-presidente dos EUA chamou nossa capital de "violentíssima" durante um comício — mas tem um detalhe que passou batido.

Os números que não fecham

O problema? Os dados usados pelo republicano são tão velhos que já poderiam votar. Ele citou estatísticas de homicídios que remontam a 2017, quando a situação era de fato mais crítica. Hoje? A realidade é outra. Desde 2019, os índices caíram quase 30% — mas isso ele esqueceu de mencionar.

"É aquela coisa", comenta um especialista em segurança pública que preferiu não se identificar, "quando alguém quer provar um ponto, pega o que convém e joga o resto fora".

Por que Brasília?

Ninguém sabe ao certo por que Trump escolheu justo a capital federal como exemplo. Seria:

  • Falta de informação atualizada?
  • Interesse em criar polêmica?
  • Ou simplesmente o hábito de falar primeiro e checar depois?

O que sabemos é que, nas redes sociais, a reação foi imediata. De um lado, os apoiadores do ex-presidente repetiram o discurso. Do outro, brasileiros mostraram dados oficiais que contradizem a afirmação.

O contexto por trás dos números

Vamos ser justos — Brasília realmente enfrentou problemas sérios de violência alguns anos atrás. Mas comparar a situação atual com a de sete anos atrás é como dizer que o futebol brasileiro ainda está na fase do Pelé. As coisas mudam, né?

Um morador da Asa Sul, que vive na capital há 15 anos, conta: "Antes você ouvia falar de assalto todo dia. Agora? A sensação de segurança melhorou, mas claro que ainda tem o que avançar".

Enquanto isso, especialistas em relações internacionais torcem o nariz. "Esse tipo de declaração desinformada pode afetar negativamente a imagem do Brasil lá fora", alerta uma professora de política externa da UnB.