
Não é de hoje que Donald Trump causa arrepios na democracia americana — e, por tabela, no mundo inteiro. Mas o que vimos nos últimos dias vai além do esperado. O ex-presidente, que nunca escondeu sua paixão por polêmicas, parece ter decidido que o momento é perfeito para radicalizar ainda mais.
Em discursos recentes, Trump não economizou na retórica violenta. Frases como "precisamos lidar com eles" — referindo-se a opositores — e ameaças veladas a juízes e promotores soam como um ensaio para algo muito pior. "É assustador", comenta um analista político que preferiu não se identificar. "Ele está testando os limites."
O fantasma do golpe
Especialistas em política internacional estão com os nervos à flor da pele. Se em 2021 a invasão ao Capitólio foi um susto, imagine o que poderia acontecer se Trump voltar ao poder com essa mentalidade? "Seria o caos total", dispara uma professora de Harvard. "Ele já mostrou que não respeita instituições."
O pior? Seus apoiadores mais radicais parecem cada vez mais encorajados. Nas redes sociais, grupos extremistas celebram as falas do ex-presidente como se fossem ordens diretas. Enquanto isso, parte da mídia tradicional tenta — sem muito sucesso — alertar para o perigo.
Lições para o Brasil?
Por aqui, a situação americana serve de alerta. "A democracia é frágil", lembra um cientista político brasileiro. "Quando figuras poderosas começam a questionar resultados eleitorais sem provas, tudo pode desmoronar."
O recado é claro: precisamos ficar de olho. Porque se tem uma coisa que a história nos ensina, é que autoritarismo nunca vem anunciado. Vai chegando devagar, até que não dá mais para ignorar.