Tensão no plenário: Deputado da oposição barra Motta na cadeira da Presidência da Câmara — veja o vídeo
Tensão na Câmara: Lira é barrado na cadeira da Presidência

Era pra ser mais um dia comum no plenário da Câmara. Mas o que começou como uma encenação rotineira — o famoso "test drive" do cargo mais cobiçado do Legislativo — virou um verdadeiro cabo-de-guerra político. E com direito a plateia atônita e celulares filmando tudo.

Na tarde desta quarta (6), o deputado Arthur Lira (PP-AL) decidiu, digamos, "experimentar" a cadeira da Presidência da Casa. Só que um colega de oposição — Eduardo Bolsonaro (PL-SP) — não gostou nem um pouco da brincadeira. E fez questão de mostrar.

"Cadeira ocupada"

O vídeo que circula nas redes mostra Lira se aproximando do assento simbólico, com aquele ar de "donos da bola". Mas antes que ele pudesse sequer flexionar os joelhos, Eduardo surgiu como um zagueiro em jogada decisiva: "Aqui não, companheiro", parece dizer, enquanto bloqueava fisicamente o acesso.

Detalhe que faz diferença: não foi um tapa, não houve empurrão. Apenas aquela pressão corporal que todo brasileiro reconhece — a mesma dos ônibus lotados e das filas de banco. Política como ela é, né?

Reações em cadeia

  • Lira recuou com meio sorriso amarelo — desses que você dá quando leva um "não" público mas precisa manter as aparências
  • Aliados do PP gargalharam, tentando transformar o constrangimento em piada
  • Oposicionistas comemoraram como se fosse gol nos acréscimos

E o plenário? Virou um microcosmo do Brasil: uns rindo, outros indignados, vários gravando para os grupos de WhatsApp. Até parece que esqueceram, por alguns minutos, que estavam ali para votar projetos importantes.

Psicologia política básica: Naquele momento, não importava quem tinha razão. O que ficou foi a imagem — literal — de um presidente (quase) em exercício sendo barrado como adolescente tentando furar fila de balada.

Ah, sim! E para quem acha que isso foi acidente? Nada disso. Tudo muito calculado, como aqueles "deslizes" de reality show. Só que, em vez de prêmio em dinheiro, o troféu aqui é capital político — e as redes sociais são o juiz.