
Numa dessas reviravoltas que só a vida — ou a Polícia Federal — é capaz de proporcionar, um esquema de corrupção na Prefeitura de São Bernardo do Campo veio à tona quase sem querer. Sim, você leu certo: foi um golpe de sorte (ou de azar, dependendo de quem você pergunta).
Enquanto mergulhavam em outra investigação — dessas que consomem café a litros e noites de sono —, agentes da PF esbarraram em fios soltos que os levaram direto a um emaranhado de irregularidades. E olha que não era pouca coisa: desvios, superfaturamento e um esquema que, convenhamos, não era exatamente um modelo de transparência.
Como tudo começou?
Pois é. A PF tava lá, farejando pistas num caso totalmente diferente, quando... bam! — documentos e conversas suspeitas apareceram como quem não quer nada. Algo como encontrar a chave perdida do carro enquanto procurava o controle remoto da TV.
Detalhe curioso: os investigadores nem imaginavam que iam trombar com esse rolo. Mas, como diz o ditado, «onde há fumaça...» — e dessa vez a fumaça levou direto ao gabinete de alguns figurões da administração municipal.
O que já se sabe?
- Valores desviados ultrapassam os R$ 5 milhões (e a conta pode subir)
- Envolvimento de servidores públicos e empresários
- Operação teve mandados de busca e apreensão em endereços de luxo
Não é de hoje que São Bernardo vive no olho do furacão quando o assunto é má gestão — mas dessa vez a coisa pegou fogo de verdade. E o pior? Tudo indica que era um esquema bem azeitado, funcionando há anos sem ser incomodado.
«Quando a gente menos espera, é que as coisas mais sujas aparecem», comentou um dos investigadores, sob condição de anonimato. E ele tem razão: às vezes as maiores descobertas acontecem quando você nem tá procurando por elas.