
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou a realização de uma acareação entre o ex-assessor da Presidência Mauro Cid e o ex-comandante do Exército Walter Braga Netto. A medida integra a ação penal que investiga supostos atos golpistas durante o governo de Jair Bolsonaro.
Segundo a decisão, o confronto entre os dois investigados tem como objetivo esclarecer contradições em seus depoimentos. A acareação será conduzida pela Polícia Federal, sob supervisão do STF.
Contexto do caso
A investigação apura supostas articulações para manter Bolsonaro no poder após as eleições de 2022. Entre as evidências analisadas estão mensagens trocadas entre militares e assessores do ex-presidente.
Mauro Cid, que já teve prisão preventiva decretada no caso, é considerado peça-chave na investigação. Já Braga Netto, que foi ministro da Defesa e candidato a vice na chapa de Bolsonaro, é investigado por seu papel nas reuniões que discutiam medidas de exceção.
Próximos passos
Com a autorização de Moraes, a PF deverá marcar a data para o confronto entre os dois investigados. Especialistas apontam que a acareação pode trazer novos elementos para a ação penal que já conta com mais de 20 investigados.
O caso segue sob sigilo judicial, mas partes do inquérito já revelaram detalhes sobre os planos que incluíam desde o fechamento do STF até a decretação de estado de defesa.