Flávio Dino dá ultimato: AGU e Congresso têm 10 dias para explicar repasses a ONGs ligadas a parlamentares do DF
Flávio Dino cobra explicações sobre repasses a ONGs no DF

Eis que o ministro da Justiça, Flávio Dino, resolveu cutucar a onça com vara curta. Nesta quinta-feira (18), ele deu um prazo de cair o queixo: 10 dias corridos para a Advocacia-Geral da União (AGU) e o Congresso Nacional se explicarem sobre repasses milionários a organizações não governamentais com laços — digamos — interessantes com parlamentares do Distrito Federal.

Não é brincadeira não. O negócio é sério e cheira mais estranho que peixe fora da geladeira em dia de verão. Dino, que não é exatamente conhecido por fazer rodeios, quer respostas claras sobre como dinheiro público foi parar no colo de ONGs que, pasmem, têm ligações diretas com políticos locais.

O que está em jogo?

Segundo fontes que preferiram não ter o nome estampado por aí — e quem pode culpá-las? —, os valores envolvidos não são exatamente trocados de pinga. Estamos falando de quantias que fariam até o Scrooge McDuck pensar duas vezes antes de mergulhar em sua piscina de moedas.

  • Transparência zero nos critérios de seleção das ONGs beneficiadas
  • Indícios de favorecimento a organizações com vínculos políticos
  • Falta de fiscalização adequada sobre a aplicação dos recursos

Não é de hoje que esse tipo de prática levanta sobrancelhas. Mas parece que agora o ministério resolveu botar o dedo na ferida de vez. Será que vai colar? Bom, isso é outra história...

O timing político

Curiosamente — ou não —, a cobrança vem num momento em que o governo federal está sob pressão por mais transparência nos gastos públicos. Coincidência? Eu duvido. Flávio Dino, que tem faro apurado para essas coisas, parece estar mandando um recado claro: a mamata tem limites.

E olha que interessante: o prazo de 10 dias não foi escolhido à toa. É tempo suficiente para virar o jogo, mas curto o bastante para evitar manobras dilatórias. Alguém aí está jogando xadrez enquanto outros brincam de dama.

E agora, José?

As instituições citadas ainda não se manifestaram oficialmente. Mas é certo que os corredores de Brasília devem estar mais movimentados que formigueiro em dia de chuva. Afinal, ninguém gosta de ser pego com a boca na botija — ainda mais quando a conta é paga pelo contribuinte.

Enquanto isso, a população fica no escuro, torcendo para que essa história não termine como tantas outras: em pizza. Porque convenhamos, já estamos mais que saturados de ver dinheiro público virar fumaça sem que ninguém seja responsabilizado.