
Eis que a justiça chinesa mostrou mais uma vez suas garras. Tang Renjian, que até pouco tempo atrás era uma das figuras mais poderosas do agronegócio chinês, acabou condenado à morte por um tribunal em Tianjin. A notícia caiu como uma bomba nos círculos políticos de Pequim.
O cara que comandava a pasta da Agricultura e Assuntos Rurais agora enfrenta a pena máxima por aceitar — pasmem — mais de 120 milhões de yuans em propinas. Isso dá uns 80 milhões de reais, uma fortuna que faria qualquer um perder o sono.
Os detalhes que assustam
Segundo as investigações, Tang não foi exatamente discreto. Durante seus anos no poder, entre 2021 e 2023, ele abusou descaradamente de sua posição para beneficiar empresários e outros interesses escusos. E olha que ele nem era ministro quando cometeu alguns desses crimes — o sujeito já tinha o vício da corrupção enraizado.
O tribunal foi categórico: além da sentença de morte, determinou a confiscação de todos os seus bens pessoais. Tudo que ele acumulou ilicitamente vai voltar para os cofres públicos. Justiça sendo feita, diriam alguns.
Um recado claro de Pequim
O que me impressiona nisso tudo é o timing. A China vem numa campanha anticorrupção há anos, mas condenar um ex-ministro à morte? Isso é algo que faz o mundo inteiro prestar atenção. Parece um recado bem claro do Partido Comunista: ninguém está acima da lei.
Tang, que tem 61 anos, pode recorrer da decisão. Mas a história recente da China mostra que essas sentenças raramente são revertidas. A justiça chinesa, quando decide agir, age com mão de ferro.
É curioso pensar que, enquanto isso, o agronegócio chinês segue seu curso. O campo não para, as plantações continuam crescendo, mas o homem que deveria zelar por tudo isso caiu na própria ganância. Uma lição dura sobre os perigos do poder absoluto.
Restam poucas dúvidas: o caso Tang Renjian vai ecoar por muito tempo nos corredores do poder em Pequim. E serve de alerta para quem acha que está acima da lei — na China, aparentemente, ninguém está.