
Um escândalo envolvendo a Agência Brasileira de Inteligência (ABIN) veio à tona após investigações apontarem a existência de uma estrutura paralela dentro do órgão. Segundo apurou a colunista Marcela Rahal, da revista Veja, esse grupo teria sido utilizado para coletar informações sigilosas sobre o ataque a faca sofrido pelo então candidato à presidência Jair Bolsonaro, em 2018.
Operação paralela na ABIN
De acordo com as apurações, a chamada "ABIN paralela" teria atuado de forma irregular, utilizando recursos e agentes do órgão oficial para fins não autorizados. As investigações indicam que o objetivo era monitorar e obter dados sensíveis sobre o episódio da facada, que ocorreu durante um comício em Juiz de Fora (MG).
O ataque a Bolsonaro
O incidente, que chocou o país, aconteceu em 6 de setembro de 2018, quando Bolsonaro foi esfaqueado pelo agressor Adélio Bispo de Oliveira. O então candidato sofreu ferimentos graves e precisou ser submetido a diversas cirurgias. O caso gerou grande comoção nacional e levantou questões sobre segurança em eventos políticos.
Repercussão política
A revelação sobre a possível atuação irregular da ABIN promete acirrar os ânimos no cenário político brasileiro. Especialistas apontam que o uso de órgãos de inteligência para fins políticos é extremamente grave e pode configurar abuso de poder.
O caso deve ser investigado pelo Congresso Nacional e pode levar a pedidos de esclarecimentos por parte de autoridades do governo atual sobre possíveis ligações com a administração anterior.