Cid Gomes acusa Bolsonaro e Walter Martins de envolvimento em minuta golpista: entenda o caso
Cid Gomes acusa Bolsonaro em caso de minuta golpista

O clima político no Brasil continua tenso, e dessa vez o senador Cid Gomes (PDT-CE) jogou mais lenha na fogueira. Em entrevista recente, ele não só reafirmou como aprofundou as acusações contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e o general Walter Braga Netto. Segundo Gomes, os dois estariam por trás de uma minuta — sim, aqueles rascunhos que nunca deveriam sair da gaveta — que detalhava um plano para derrubar o resultado das eleições de 2022.

Não é de hoje que esse assunto dá o que falar. Mas o que chama atenção é a firmeza com que Cid Gomes sustenta a tese. "Não tenho dúvidas", disparou o senador, com um tom que mistura indignação e cansaço. Ele lembra que o documento, encontrado durante buscas da Polícia Federal, previa até mesmo a prisão de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).

O que diz a minuta?

Parece roteiro de filme, mas não é. O tal documento — que alguns insistem em chamar de "mera especulação" — sugeria medidas drásticas:

  • Intervenção federal em tribunais eleitorais
  • Suspensão de direitos constitucionais
  • Criação de um "comitê de crise" com militares

"Isso não é brincadeira de quintal", ressalta Gomes, comparando a situação a episódios sombrios da história latino-americana. Enquanto isso, do outro lado, os acusados negam veementemente. Bolsonaro, como de costume, chama tudo de "narrativa" e "teoria da conspiração".

E as provas?

Aqui a coisa fica interessante. O senador cearense garante que existem evidências concretas — embora não tenha detalhado quais. "O tempo vai mostrar", diz, com a paciência de quem conhece os ritmos da Justiça brasileira. Enquanto isso, especialistas em Direito Constitucional torcem o nariz: "Mesmo que fosse só um rascunho, já configura grave ameaça à democracia", analisa um professor da USP que preferiu não se identificar.

O caso segue sob investigação, mas uma coisa é certa: o debate sobre os limites do poder — e sobre até onde alguns estariam dispostos a ir — está longe de acabar. E você, o que acha? Seria apenas mais um capítulo da polarização política ou há fumaça suficiente para suspeitar de fogo?