O ex-ministro da Defesa e ex-comandante do Exército, general Braga Netto, formalizou um pedido de acareação com o ex-assessor da Presidência da República, tenente-coronel Mauro Cid, no âmbito da ação penal que investiga uma suposta tentativa de golpe de estado.
O processo, que tramita na Justiça Federal, tem como foco as denúncias de que membros do governo Bolsonaro teriam articulado para manter o poder após as eleições de 2022. Braga Netto, que foi candidato a vice-presidente na chapa de Jair Bolsonaro, alega que o confronto direto com Cid é essencial para esclarecer os fatos.
Detalhes do pedido
Segundo fontes próximas ao caso, o pedido de acareação foi protocolado nesta semana e aguarda análise do juiz responsável pelo processo. Braga Netto argumenta que Mauro Cid, que já colaborou com a investigação em um acordo de delação premiada, pode ter informações cruciais que o envolvem diretamente.
O tenente-coronel Mauro Cid foi preso em 2023 no âmbito da Operação Venire, que investiga supostas irregularidades no governo Bolsonaro, incluindo a falsificação de carteiras de vacinação contra a COVID-19. Desde então, ele tem sido uma peça-chave nas investigações sobre possíveis atos golpistas.
Repercussão política
O caso tem gerado intensa repercussão no cenário político brasileiro, com partidos de oposição pressionando por uma investigação rápida e transparente. Por outro lado, aliados de Bolsonaro classificam o processo como uma perseguição política.
Especialistas em Direito Constitucional afirmam que a acareação pode ser um momento decisivo para o desfecho do caso, já que permitirá o confronto direto entre as versões apresentadas pelos dois militares.
Enquanto isso, a sociedade aguarda ansiosamente por novos capítulos deste que é considerado um dos processos mais importantes da recente história política do Brasil.
