
A Polícia Federal (PF) divulgou nesta quarta-feira (18/06/2025) novas informações sobre a operação que investiga a chamada "ABIN paralela", estrutura clandestina que teria sido usada para monitorar ilegalmente autoridades durante o governo Bolsonaro.
Segundo documentos obtidos pelo Jornal Nacional, o ex-presidente Jair Bolsonaro e seu filho, o deputado Carlos Bolsonaro, integravam um núcleo decisório que escolhia quais personalidades seriam alvo de espionagem.
Como funcionava o esquema
De acordo com as investigações:
- O grupo se reunia periodicamente para definir alvos políticos
- As ordens eram repassadas a agentes da ABIN (Agência Brasileira de Inteligência)
- Os alvos incluíam juízes, parlamentares e até ministros do STF
- Os dados eram armazenados em sistemas não oficiais
Provas coletadas
A PF afirma ter em mãos:
- Mensagens trocadas entre os envolvidos
- Registros de reuniões sigilosas
- Relatórios de monitoramento ilegal
- Testemunhos de agentes que participaram das operações
Os investigadores destacam que a estrutura funcionava "à margem dos controles democráticos", utilizando métodos não autorizados para coleta de informações.
Próximos passos
O Ministério Público Federal já analisa os novos elementos para decidir sobre possíveis denúncias contra os investigados. Especialistas em Direito apontam que as acusações podem configurar crimes contra a ordem constitucional.